domingo, 27 de setembro de 2009

ATRIBUINDO SENTIDO AO TEXTO,

TP5: encontrando a coerência.

Na última oficina, dia 25/09/09, no estudo do TP5, os cursistas apresentaram trabalhos referentes à unidade 18. Expuseram textos não verbais para reflexão sobre o desenvolvimento da coerência. Aproveitaram sugestões de atividades do AAA para esse estudo. Na foto acima, os cursistas reproduziram a atividade da pág. 50 do AAA5, que apresenta uma sequenciação de acontecimentos para a composição global de um texto. O trabalho incentivou a turma a partir da "parte" para chegar ao "todo", objetivando a atribuição de unidade de sentido ao texto.

Parábéns, cursistas!

TP4: PLANEJANDO O DESENVOLVIMENTO DE TEXTOS



O cartaz de divulgação do Gestar, criado pelos cursistas e pelo formador Jocelmo Aires é um exemplo de como o planejamento da produção escrita pode se dar. Nesse trabalho, pôde-se realizar o estudo proposto por John Harris e Jeff Wilkinson sobre a hierarquização das dimensões dos gêneros dependendo da situação sociocomunicativa: 1 - consciência da audiência; 2 - relevância do conteúdo; 3 - sequência da informação; 4 - nível de formalidade; 5 - função da comunicação; 6 - convenção (formato do documento). (Referência: TP4, pág. 190, adaptada).

O cartaz foi personalizado com a foto dos cursistas de cada escola, que expuseram-no no mural oficial. Na foto acima, o cartaz com os cursistas do Colégio Carlindo Alves, que fizeram o maior sucesso na escola.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

GESTAR: É PRECISO TEMPO.


Lendo os Cadernos de Teoria e Prática, os chamados TPs do Gestar, pude entender melhor a proposta do programa e imaginei as possibilidades de transformação que pode trazer. Na verdade, um mar de possibilidades... Vendo as atividades sugeridas na seção “Avançando na prática”, visualizei como cada professor as realizaria com seus alunos, sonhei estes produzindo zilhões de textos e... Ufa! Quanta empolgação! É... mas para que sonhos se realizem existem barreiras grandes. Fazer funcionar um programa no nível do Gestar exige muito de nós.

Quando começaram as inscrições ficamos felizes com a adesão dos professores. Eram tantos que ia faltar material. Nas primeiras oficinas vimos que alguns inscritos não estavam presentes: lá se vai um pouco da nossa empolgação, afinal, quando não se tem uma turma grande, fica a impressão de que o programa não interessou, sei lá. Nas oficinas seguintes, na hora da discussão dos pontos mais importantes do TP: “Não li”, “não tive tempo”, “Não li todo”, “Não consegui ler”, diziam alguns cursistas. Sentimento naquele instante: frustração. “Tudo bem, vamos ao resumo do TP aqui no slide”, continuei. Explanação seguindo, percebi um fato curioso: uma cursista estava lá com seu filho de cinco anos de idade e este dormira sobre uma das carteiras e ela, apesar de ver o desconforto do filho, continuava a assistir à exposição do slide. Além disso, outro cursista com problemas de saúde ali permanecia apesar de tudo. Constatei naquela noite que a frustração que sentira antes não tinha razão de ser, porque não obstante todas as dificuldades, nosso cursista demonstra um interesse fora do comum. Todos têm uma carga de trabalho excessiva; ocupam-se além da sala de aula com outros projetos da escola, alguns, inclusive, trabalham em três escolas, sem falar nas preocupações de sua vida pessoal. Especificidades tristes da profissão de mestre. Com uma carga tão exaustiva, não se pode condená-los, por exemplo, por não terem resolvido todas as atividades do TP ou por não ter lido a última seção. Por outro lado, o Gestar não pode funcionar de qualquer jeito. Vem então o dilema de realizar o programa com qualidade e entender as dificuldades dos cursistas. Um desafio e tanto...

Por enquanto, para dar mais tempo ao cursista, estendemos até três o número de oficinas para o estudo de cada TP. Com esse período, facilita-se também a aplicação de atividades dos AAAs (os cadernos com Atividades de Apoio à Aprendizagem). É o conforto necessário à continuidade do programa. “Como são muitas as atividades e o tempo é curto, pensei em desistir”, contou a cursista Adélia, “mas tenho aprendido tanto que, enfrentarei sacrifícios para continuar no curso”, completou. Quando fiz a primeira visita ao Colégio Laura Estrela, a diretora Salete Monteiro comentou que percebeu já a aplicação de atividades diferenciadas nas salas de aulas. É com passagens assim que percebemos o quanto, apesar das dificuldades, o programa pode fazer. Vêem-se algumas luzes no fim do túnel! O Gestar vai aos poucos invadindo as salas de aula e transformando a maneira de ensinar Português e Matemática. As sementes começaram a ser plantadas, sigamos no caminho acreditando na nossa força interior e esperemos, pois, os resultados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

BOA NOTÍCIA

Ainda nem no recuperamos direito do trágico evento que levou nosso companheiro do curso de Matemática Professor Beto e deixou ferida a professora formadora Sandra Araújo. Felizmente, ela recupera-se bem.
Outra boa notícia é que as atividades do Gestar em Matemática vão continuar. A todos os cursistas de Matemática fica o comunicado de que as atividades voltarão a ser realizadas ainda este mês. Aguardem novas notícias!
(Prof. Jocelmo)

DE VOLTA AOS ESTUDOS

No último dia 31/07, foram retomadas as atividades do Gestar 2 em SLP, pelo menos para a turma de Língua Portuguesa que, nessa 1ª oficina do 2º semestre, passou ao estudo do TP4. Após o trabalho com gêneros textuais, no TP3, dessa vez a turma começou os debates para a definição do conceito de letramento e as implicações desse entendimento para o trabalho em língua materna. O professor Jocelmo Aires iniciou as atividades do TP4 exibindo o filme "Narradores de Javé" que traz no enredo diversos oportunidades para a compreensão do letramento. O momento cinematográfico teve direito a pipoca para os cursistas que, após o filme, com as discussões, puderam adentrar no assunto.
(Na foto acima: ao fundo o Formador Jocelmo em encontro do Gestar em São Luis; em volta: momentos de integração nos grupos de estudo dos cursistas de Lingua Portuguesa)

sábado, 18 de julho de 2009

GÊNEROS E TIPOS TEXTUAIS: Diferentes formas de ver o texto.


A dinâmica "Entrevista do lápis" foi a metodologia usada pelo professor formador para a revisão do TP 3, que trata dos gêneros e tipos textuais, no curso de Língua Portuguesa. A turma toda participou fazendo perguntas no "Talk Show" encenado pelo Professor Formador Jocelmo Aires e a cursista Neura Amélia. A técnica, que fez todo mundo se divertir, ajudou no entendimento da diferença entre gêneros e tipos textuais. Ao final desse trabalho, o formador refletiu com os cursistas sobre os gêneros usados na brincadeira, a saber: programa de TV, entrevista, diálogo, telefonema, e-mail, piada; e os tipos: narração, descrição, injunção, argumentação. "Fique muito feliz em ser um lápis e, de quebra, aprender sobre gêneros e tipos", comentou a cursista Neura Amélia.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

TP 1 - MATEMÁTICA NA ALIMENTAÇÃO E NOS IMPOSTOS

2ºENCONTRO DE ESTUDOS: A SESSÃO COLETIVA 1
Nesse encontro iniciamos o estudo com a realização de uma atividade presente no TP e proposta para os alunos. Reunidos em grupos de 4 professores, a atividade sobre o IMC - Índice de Massa Corporal, permitiu que cada professor colocasse em prática seus conhecimentos matemáticos. Como a atividade não permitia o uso de calculadora percebi que alguns professores sentiram dificuldades na hora da resolução de algumas operações. Com isso solicitei que o relator de cada grupo fizesse uma explanação no quadro de giz das técnicas utilizadas na resolução da atividade, assim as dúvidas existentes entre esses professores foram sanadas.
A realização dessa atividade fez com que os professores colocassem em grupo suas dificuldades tanto na realização da mesma como para trabalhar em sala de aula com seus alunos. Estas discussões tem o objetivo de fazer com que todos participem intensamene do debate e sintam-se motivados a darem prosseguimento à leiura das próximas unidades do TP.
Outro momento importante do encontro seria o da discussão sobre os diferentes procedimentos desenvolvidos, assim como as maiores dificuldades para a realização das atividades que foram propostas para o trabalho em sala de aula. Porém os professores presentes revelaram ainda não ter aplicado as atividades em sala, o que me deixou em total preocupação, pois o programa só terá andamento com a aplicação dessas atividades em sala de aula. A partir desse momento começamos a traçar um planejamento das atividades propostas no AAA 1 - Versão do Professor para serem trabalhadas nas próximas semanas. No final do encontro os professores perceberam que é de fundamental importância vir para a oficina com as atividades já realizadas e registradas para que possamos dinamizar a oficina e dela participar de maneira intensiva.
Cada professor antes de sair recebeu um roteiro de estudo do TP 1, Unidade 2 para adequar às suas horas de planejamento de aula.
O próximo encontro será dia 05 de Junho às 18h30min na Escola Carlindo Alves.
Com o esforço e dedicação de todos o Gestar II será mais uma conquista para uma educação de qualidade em Matématica.

sábado, 23 de maio de 2009

TP 3: OFICINA 2 - REFLETINDO SOBRE A PRÁTICA


Na última sexta-feira, 22/05/09, a Oficina do GESTAR "pegou fogo". A maioria doa cursistas falou de sua dificuldade em relação ao tempo destinado às leituras dos Cadernos de Teoria e Prática. Revelaram que, tendo em vista a quantidade de trabalho que têm lecionando em mais de uma escola, fica complicado direcionar um horário específico e diário para estudo. Algumas professoras também elencaram dificuldades que têm em participar da oficina com seus filhos em casa sozinhos. Uma, inclusive, levou seu filho menor, que durmiu na sala durante os trabalhos. O formador incentivou-os a continuar estudando e sugeriu que destinassem pelo menos 20 minutos diários para estudo durante a semana e que usassem mais horas no sábado e/ou domingo.
Dificuldades a parte, os cursistas estavam ávidos na discussão das unidades 9 e 10 do TP 3. Alguns relataram sua experiência de aplicação do "Avançando na Prática", escolhida dentre as opções sugeridas, socializando o que deu certo na atividade, os problemas encontrados e, por fim, o resultado com os alunos. A discussão foi "calorosa" e divertida. "Fiquei feliz com a participação de todos. Acredito que, dessa forma, aprenderemos muito no GESTAR", comentou o professor Jocelmo Aires.
Além das atividades específicas do programa, foi apresentado o vídeo "O PROBLEMA NÃO É MEU" para reflexão sobre assumir responsabilidades no trabalho.
Cada cursista recebeu também um manual com dicas sobre o novo acordo ortográfico: mais um incentivo para o trabalho no curso.
No final da noite, o formador apresentou as próximas atividades para estudo e prática da 2º quinzena de trabalho.

segunda-feira, 11 de maio de 2009




1° ENCONTRO DE ESTUDOS DO GESTAR II EM MATEMÁTICA





Foi realizado no dia 08 de maio às 19 h na Escola Carlindo Alves da Silva o 1º encontro de estudos do Gestar II em Santa Luzia do Paruá.
No encontro foi realizado:
  • Leitura e discussão do Guia Geral;
  • Leitura do Texto "A Matemática é um determiante em sua vida" apresentado em pps;
  • Apresentaçao do TP 1 com discussão e resolução das atividades 1, 2, 3 e 4 da Unidade 1 seção 1;
  • Apresentação do AAA 1;

No próximo encontro previsto para o dia 22 de maio teremos:

  • Discussão da Transposição Didática;
  • Estudo da Seção Coletiva 1.

terça-feira, 5 de maio de 2009

ABERTURA DO PROGRAMA


Começou oficialmente neste dia 02/05 o Programa Gestão da Aprendizagem Escolar para professores das Séries Finais do Ensino Fundamental - GESTAR II em Santa Luzia do Paruá. Na abertura, os tutores Jocelmo Costa Aires, de Língua Portuguesa e Sandra Araújo, de Matemática estiveram juntos para a organização da 1ª Oficina Introdutória. Em plenária, falaram da importância do curso, e a coordenadora pedagógica, Profª Duceli, explicou as diretrizes e metodologias do curso. Foram apresentados ainda os materiais didáticos que, pelo volume, "assustaram" um pouco os cursistas, susto que foi desfeito após a explicação dos tutores acerca da utilização de tais recursos. No momento, os cursistas e coordenação decidiram que seria melhor as oficinas de estudo serem realizadas, às sextas-feiras à noite, em vez de sábado, como antes estava previsto.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O problema do sumiço de R$ 1,00

Três pessoas foram comer em um restaurante e no final a conta deu R$30,00.Fizeram o seguinte:cada um deu R$10,00.
O garçom levou o dinheiro até o caixa e o dono do restaurante disse o seguinte:"Esses três são clientes antigos do restaurante, então vou devolver R$5,00 para eles". E entregou ao garçom cinco notas de R$1,00.
O garçom, muito conhecedor de matemática, fez o seguinte: pegou R$2,00 para ele e deu R$1,00 para um dos três clientes.
No final, ficou da seguinte forma:Cada um dos clientes deu R$10,00 e recebeu R$1,00 de troco:R$10,00 - R$1,00 = R$ 9,00.
Foi o que cada um dos clientes gastou.Mas, se cada um dos clientes gastou R$9,00, o que eles gastaram juntos foi:R$9,00 x 3 = R$27,00.
E se o garçom pegou R$2,00 de gorjeta para ele, temos:

Conta = R$27,00 Gorjeta = R$2,00 TOTAL = R$29,00.

PERGUNTA-SE: Onde, então, foi parar o outro R$1,00, se os clientes deram R$30,00 ???

RESPOSTA: O enunciado do problema nos induz a achar que houve sumiço do dinheiro, mas podemos analisar a situação da seguinte forma:

Observe que dos R$30,00 que havia sido o valor da conta, o dono do restaurante deu R$5,00 de troco:R$30,00 - R$5,00 = R$ 25,00.

É o valor real da conta !Se dividirmos os R$25,00 pelas 3 pessoas, teremos:R$(25,00 / 3) = R$ 8,33. É o valor que cada cliente pagou !

( Obs: Desprezando que o resultado é dízima periódica! )Se cada cliente deu R$10,00, o troco recebido por cada um, deveria ser:R$10,00 - R$8,33 = R$1,67.

O garçom deu para cada cliente R$1,00 de troco, faltando dar:R$1,67 - R$1,00 = R$0,67.

Se multiplicarmos esses R$0,67 pelos 3 clientes, teremos:R$0,67 x 3 = R$2,00.
Somando tudo, teremos o valor total:R$25,00 - valor da contaR$3,00 - troco total dado aos clientesR$2,00 - gorjeta do garçomR$30,00 – TOTAL

CONCLUSÃONÃO HOUVE DESAPARECIMENTO DE DINHEIRO !!!

JOGOS MATEMÁTICOS


Trilha
Os próprios alunos criam um tabuleiro, com os obstáculos e a história. O jogo ensina seqüência numérica, ordem crescente e decrescente, contagem e quantificação.

Bingo
Nas cartelas tradicionais, o aluno aprende a ler os números. Durante o sorteio, o professor pode anunciar os números de forma diferenciada, falando sobre dezenas, unidades,antecessores e sucessores, ou exigindo algum tipo de operação para a descoberta do numero sorteado.

Batalha Dupla
Cada aluno retira duas cartas de um baralho tradicional. Elas devem ser somadas ou subtraídas, conforme a orientação do professor. Quem tiver o maior resultado ganha a carta do colega.Vence o jogo quem tiver mais pontos, somados no final da competição.

Atrás da Orelha
O jogo tem dois jogadores e um juiz. Os jogadores retiram uma carta do baralho, sem ver qual é o seu número. A carta deve ser colocada atrás da orelha para que apenas o outro jogador veja seu número. Cabe ao juiz dizer qual o resultado da soma ou da subtração das duas cartas. Para vencer, o jogador vê a carta do colega e precisa raciocinar para descobrir qual é a sua.

Poliminó
É uma espécie de quebra-cabeça formado por várias figuras geométricas, criadas á partir de monominós, que são unidades-padrão. Para montar o poliminó, o aluno precisa pensar no conceito de áreae perímetro de uma figura plana.

Torre de Hanói
Jogo milenar que utiliza um tabuleiro de madeira, com pequenas torres e aros de diversostamanhos. Para vencer o desafio - que pode ser o tempo gasto para colocar aros em determina ordem nas torres - o aluno faz estimativas e raciocina sobre múltiplos, potências e equações.O jogo serve também para organizar o pensamento.


Policubos
O jogo é semelhante ao poliminó, mas o quebra-cabeça é uma espécie de cubo. Nesse jogo, oaluno estuda o volume das figuras.

Corrida Algébrica
Na corrida algébrica, o aluno vai avançar com seu pino no tabuleiro depois de descobrir qual é o resultado de uma equação. O próprio aluno pode escolher que valor deseja atribuir á variável,de forma a conseguir o resultado maior.

Tangran
O jogo tem várias peças, com tamanhos variados. O aluno estuda área, polígono, perímetro eaté frações.

Jogo da Estrela
Cada aluno retira um número positivo ou negativo do tabuleiro. Vence quem obter o maiorresultado, depois de fazer a soma dos números escolhidos. Nesse jogo, os estudantes aprendema soma dos números negativos e positivos, ordem e conceito de oposto.

COMO ENSINAR MATEMÁTICA HOJE?

A comunidade de Educação Matemática internacionalmente vem clamando por renovações na atual concepção do que é a matemática escolar e de como essa matemática pode ser abordada. Questiona-se também a atual concepção de como se aprende matemática.Sabe-se que a típica aula de matemática a nível de primeiro, segundo ou terceiro graus ainda é uma aula expositiva, em que o professor passa para o quadro negro aquilo que ele julga importante. 0 aluno, por sua vez, copia da lousa para o seu caderno e em seguida procura fazer exercícios de aplicação, que nada mais são do que uma repetição na aplicação de um modelo de solução apresentado pelo professor. Essa prática revela a concepção de que é possível aprender matemática através de um processo de transmissão de conhecimento. Mais ainda, de que a resolução de problemas reduz-se a procedimentos determinados pelo professor.Algumas conseqüências dessa prática educacional têm sido observadas e estudadas pelos educadores matemáticos (ver Schoenfeld. 1985).Primeiro, alunos passam a acreditar que a aprendizagem de matemática se dá através de um acúmulo de fórmulas e algoritmos. Aliás, nossos alunos hoje acreditam que fazer matemática é seguir e aplicar regras. Regras essas que foram transmitidas pelo professor.Segundo, os alunos acham que a matemática é um corpo de conceitos verdadeiros e estáticos, do qual não se duvida ou questiona, nem mesmo nos preocupamos em compreender porque funciona.Em geral, acreditam também, que esses conceitos foram descobertos ou criados por gênios.O aluno, acreditando e supervalorizando o poder da matemática formal perde qualquer autoconfiança em sua intuição matemática, perdendo, dia a dia, seu "bom-senso" matemático. Além de acreditarem que a.solução de um problema encontrada matematicamente não estará, necessariamente, relacionada com a solução do mesmo problema numa situação real.É bastante comum o aluno desistir de solucionar um problema matemático, afirmando não ter aprendido como resolver aquele tipo de questão ainda, quando ela não consegue reconhecer qual o algoritmo ou processo de solução apropriado para aquele problema. Falta aos alunos uma flexibilidade de solução e a coragem de tentar soluções alternativas, diferentes das propostas pelos professores.O professor hoje também tem uma série de crenças sobre o ensino e a aprendizagem de matemática que reforçam a prática educacional por ele exercida. Muitas vezes ele se sente convencido de que tópicos da matemática são ensinados por serem úteis aos alunos no futuro. Esta "motivação" é pouco convincente para os alunos, principalmente numa realidade educacional como a brasileira em que apenas uma pequena parte dos alunos ingressantes no primeiro ano escolar termina sua escolaridade de oito anos obrigatórios.Para o entendimento de muitos professores o aluno, aprenderá melhor quanto maior for o número de exercícios por ele resolvido. Será que de fato essa resolução de exercícios repetitivos de certos algoritmos e esquemas, de solução geram o aprendizado?Os professores em geral mostram a matemática como um corpo de conhecimentos acabado e polido. Ao aluno não é dado em nenhum momento a oportunidade ou gerada a necessidade de criar nada, nem mesmo uma solução mais interessante. O aluno assim, passa a acreditar que na aula de matemática o seu papel é passivo e desinteressante.Uma das grandes preocupações dos professores é com relação à quantidade de conteúdo trabalhado. Para esses professores o conteúdo trabalhado é a prioridade de sua ação pedagógica, ao invés da aprendizagem do aluno. É difícil o professor que consegue se convencer de que seu objetivo principal do processo educacional é que os alunos tenham o maior aproveitamento possível, e que esse objetivo fica longe de ser atingido quando a meta do professor passa a ser cobrir a maior quantidade possível de matéria em aula.Em nenhum momento no processo escolar, numa aula de matemática geram-se situações em que o aluno deva ser criativo, ou onde o aluno esteja motivado a solucionar um problema pela curiosidade criada pela situação em si ou pelo próprio desafio do problema. Na matemática escolar o aluno não vivencia situações de investigação, exploração e descobrimento. O processo de pesquisa matemática é reservado a poucos indivíduos que assumem a matemática como seu objeto de pesquisa.Beatriz S. D'Ambrosio